Sábado, 4 de Novembro de 2006
Que futuro para "FORNOS" I
Li ha dias com alguma apreencao, uma fraze que foi proferida pelo vice-presidente da autarquia fornense, que foi a seguinte: ..." se poderes viver na vila nas vivas na aldeia, se poderes viver na cidade nao vivas na vila"....
Noto nesta afirmacao muito derrotismo, muito desalento e pouca vontade se lutar contra as adversidades.
Porque tera sido que o municipio de Fornos de Algodres, em cinquenta anos perdeu mais de metade da sua populacao?
Eu e todos os la nasceram e residem sabem muito bem, porque enquanto durante mais de duas decadas concelhos nossos vizinhos se desenvolveram e progrediram, o nosso deixou-se continuar a viver debaixo de glorias bacocas e passadas, de suas casas brasonadas e das suas gentes, que sendo as donas da propriedade, nunca nada fizeram e ate atrapalharam quem queria fazer.
Foi necessaria uma pequena revolucao dentro do partido de governo municipal, (o mesmo ha mais de tres decadas) para e muito devagar quase parando, se comecar a lutar contra esse "status quo", que ainda hoje ha gente que pretendo continuar.
Felizmente nestes ultimos dez anos, la se conseguiu inverter essa tendencia. Hoje sera talvez um dos municipios distritais, em que as pessoas tem melhores condicoes para viver. As freguesias tem agua (nao muito boa no verao) e saneamento basico, todas as aldeias tem boas estradas, existem electrificacoes ate em quintas desabitadas, na vila ha novas ruas e avenidas com bons predios e equipamentos de servicos, modernos e funcionais, temos uma ETAR e com ela se proteje melhor o nosso rio (o Mondego). Mas nao temos isso nao, e trabalhos para os nossos jovens, pois o municipio nao pode continuar a ser o maior empregador e a quase unica oportunidade, de trabalho concelhio.
Para que nos servem ter-mos bons servicos, se nao houver gente para os disfrutar?
Eu pela minha parte dispensava bem, uma rede de saneamento basico na minha aldeia natal, (cerca de noventa habitantes) por trabalhos para os seus residentes e das outras terras vizinhas, pelas redondezas. Entao quando ela estivesse novamente habitada, entao sim dota-la das necessarias comodidades.
Sei e louvo o esforco financeiro, que o municipio tem feito na promocao arqueologica e historia com vista a um turismo que se deseja, mas sera que e suficente? eu penso que nao, entretanto vamos perdendo gente e com ela ideias, ate o comboio perdemos literalmente falando.
Seguidamente irei referir-me a algumas ideias, (creio que boas) que me tem surgindo, para que nao digam que o meu discurso e unicamente derrotista, pois embora ja velho, de derrotista nao tenho nada e continuo a ver o copo meio cheio.
De
Fernando a 5 de Novembro de 2006 às 13:10
Fico a espera das ideias, que sem dúvida não me irão desiludir, quanto ao cometário, vindo de que vem não é de estranhar assim tanto.
Abraço
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